O que é um provedor de internet?
Quando a gente navega pela internet nem se dá conta de todo o processo tecnológico que acontece em um provedor de internet até abrir uma página. Aliás, com o surgimento das conexões em alta velocidade, feitas a partir de fibra óptica, não dá tempo para pensar nisso. Um clique e já estamos entretidos em algum site.
Mas, para a mágica acontecer e termos um mundo de informações na nossa tela, é necessário ter, obviamente, acesso à rede. E não conseguiríamos isso sem os provedores de internet, responsáveis por disponibilizar sinal para nossos computadores, tablets, smartphones, televisores, entre tanto outros artefatos tecnológicos.

O conceito é fácil. Provedor de internet, ou Internet Service Provider (ISP), como o próprio nome indica, é o intermediador, que faz com que a internet chegue até nossos dispositivos. Isso é feito por meio da autenticação do usuário.
Com a evolução tecnológica, muitos os provedores de internet tiveram que diversificar a oferta de produtos. Hoje é possível adquirir diversos serviços, como servidor de e-mail, hospedagem de site, armazenamento em nuvem, mecanismo de busca, portal de notícias, entre outros.
Apesar do mercado ser dominado pelas operadoras de grande porte, são os chamados provedores regionais que detêm maior fatia do mercado. Segundo a Anatel, eles concentram 65% de todos os acessos à internet no Brasil.
Os provedores regionais atendem, principalmente, bairros periféricos, cidades do interior e zona rural, onde os líderes de mercado não chegam.
A evolução dos provedores
Quem tem a partir de 30 anos deve lembrar da internet discada, que demorava para conectar e perdia o sinal sempre que alguém ligava para o número do telefone fixo. Para os mais jovens, vamos explicar como isso funcionava.
Nos anos 1990, para navegar pelos sites era preciso ter uma linha telefônica. Para acessar, era necessário plugar o cabo do telefone em um modem e, dele, conectar outro cabo para o computador. Depois, bastava abrir o software do discador e, praticamente, fazer uma ligação para o provedor de internet. Sim, a decodificação que liberava o acesso era feita por áudio.
Após algumas tentativas, o sinal era estabelecido e você podia, em baixíssima velocidade, visitar sites e portais. Para efeito de comparação, hoje navegamos, em média, com 17,80 Mb/s. A internet discada chegava somente a 56Kb/s de velocidade.
Existiam provedores gratuitos, a maioria instável e com propagandas, e os pagos, na qual o usuário tinha um pouco mais de velocidade e estabilidade na conexão. Alguns provedores ficaram famosos e era possível instalar os discadores por meio de CD’s.
Como era conectado diretamente no telefone fixo, bastava alguém ligar para seu número ou tirar o aparelho do gancho que a internet caia. O jeito era esperar a ligação acabar para iniciar todo o processo novamente, o que poderia demorar horas. O custo dessa internet? Mesmo valor cobrado por minuto em uma ligação para outro telefone fixo. Ou seja, passar o dia conectado não era uma opção.
Por esse motivo, muitos elegeram a madrugada como melhor horário para navegar, já que não tinham muitas pessoas acessando ao mesmo tempo, dificilmente recebiam chamadas e a tarifa correspondia a um minuto de ligação por conexão.
A partir dos anos 2000, os brasileiros começaram a ter acesso à internet banda larga. Já não era mais necessário conectar o telefone, mas ainda precisava ter uma linha fixa. Isso ocorria por que as operadoras foram autorizadas a comercializar o sinal de internet, passando a realizar em seus sistemas a autenticação do usuário para que pudesse conectar.